
Nascida à beira - mar...
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ATRIZ & PALHAÇA
Eu me apaixonei pela filosofia por trás da máscara.
A primeira palhaça brasileira do Cirque du Soleil
No palco e na vida, aprendi a fluir como água. Mais do que ser atriz ou palhaça, minha principal habilidade como artista é a capacidade de adaptação. Escuto cuidadosamente o meu entorno e entrego não o que quero, mas o que preciso. Eu sirvo ao palco, sempre tentando ver o todo além de mim mesma. Como a água que corre livre no rio ou a que repousa num lago, eu me moldo de acordo com o personagem que interpreto, sem perder o contato com minha essência. Posso ser um tsunami. Posso ser uma gota d’água.
Nessa altura de minha carreira não me preocupo mais em fazer a distinção entre ser atriz ou ser palhaça. O trabalho do palhaço amplia o oficio do ator. E o trabalho do ator alimenta o universo do palhaço. Sou uma intérprete e me sirvo de ambas as técnicas para atingir o coração de um personagem em criação.
Minha história não é uma de se contar em linha reta. Tudo está entrelaçado. Esta é a razão pela qual me recuso a me colocar em uma caixinha, escolher uma maneira ou outra de me expressar. Os palhaços dizem que não sou palhaça. Os atores dizem que não sou atriz. No entanto, cá estou, trabalhando do meu jeito e sobrevivendo do meu oficio desde 1995. Porque a plateia não se preocupa com títulos.
A plateia quer acreditar no intérprete, não importa a técnica utilizada para expressar a verdade de um personagem.

Como artista eu sirvo o palco.
Posso ser um tsunami.
Posso ser uma gota d’água.